Os obituários são publicados semanalmente aos fins de semana na edição impressa e online do Diário. As informações podem ser enviadas para cassiano.cavalheiro@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7144.
MARIA EVA CARVALHO DE ASSIS BRASIL
Filha de Vicentina Flores de Carvalho e Amando Soares de Carvalho, Maria Eva Carvalho de Assis Brasil nasceu em Catuípe, na região noroeste do Estado. Ao lado das irmãs Nair, Darci, Dejanira, Maria Conceição e dos irmãos Getúlio, Pedro e Gildo, teve uma infância simples na zona rural. Na adolescência, trabalhava para ajudar a família.
Após participar de um concurso em Rosário do Sul, Maria Eva conheceu Rui de Assis Brasil. Desta união, vieram os filhos Júlio, Valquíria, Rogério e Valéria. E mais tarde, os netos Leônidas e Bárbara. Amorosa e dedicada, ela também tinha filhos do coração. Pessoas de quem cuidava com muito apreço e que considerava parte da família.
Em 1963, aos 23 anos, ela veio para Santa Maria pela primeira vez para residir. Mais tarde, fixou residência em São Borja, passando a vir para Santa Maria apenas para visitar. Durante a vida, Maria Eva atuou em diversos segmentos, desde o ramo de produção de bovinos e leite até o setor de eventos, com foco na alimentação e comercialização de flores, no qual permaneceu até se aposentar.
Para o turismólogo Rogério Carvalho de Assis Brasil, 45 anos, os momentos em família e a dedicação da mãe aos produtos caseiros são inesquecíveis.
-Ela amava estar rodeada pela filharada, noras, genros, netos e amigos. E sempre reservava tempo para produção caseira de artesanato, geleias, pães e até mesmo, na torra de café cultivado por ela mesma. Ela honrava a vida - comenta o filho.
O regulador de sinistro Eduardo Carvalho Dias, 47 anos, sobrinho de Maria Eva, guarda até hoje os ensinamentos passados pela tia.
-Ficam muitas lembranças boas. Ela foi uma das tias que eu mais amava. E mesmo, com as dificuldades, sempre mantinha a cabeça erguida. Muitos conselhos dela carrego comigo até hoje - conclui Dias.
Maria Eva Carvalho de Assis Brasil morreu em 18 de março de 2021, aos 80 anos, devido a complicações da Covid-19. A comerciante foi sepultada no mesmo dia, no Cemitério Municipal de São Borja.
GENI DIAS
Filha de Maria Dias, Geni Dias nasceu e cresceu em Santa Maria. Criada em uma casa humilde em meio a roça, Geni aprendeu desde cedo o sentido da palavra superação. Aos 16 anos, casou-se. Primeiro, veio o filho Gessé e depois, Cláudio.
Na frente da Catedral, vendia de rapaduras a sucos. E mesmo que houvessem dias de poucas vendas, ela continuava tentando. Durante anos, a vida foi assim. Apenas de trabalho. O aposentado Gessé Dias, 65 anos, ressalta o nobre coração da mãe como seu ponto forte. Geni também era mãe de Patrícia e José Luiz, filhos que adotou aos 54 anos. Com a família completa, ela pode compartilhar e multiplicar o amor mais tarde com os 10 netos, 15 bisnetos e cinco tataranetos.
Apaixonada por animais, cuidava em casa de galinha, ganso, cachorro e gato. O contato com a natureza lembrava a infância e dava forças para continuar lutando pela vida. Sempre foi independente, e era exatamente isso que a vendedora Patrícia Dias, 32 anos, tanto admirava.
-Minha mãe foi sempre uma guerreira. Não tinha tempo ruim para ela, que sempre nos ensinou a viver a vida sem medo, a correr atrás dos nossos sonhos. Ela nunca temia a nada e foi isso que ela me ensinou. Sou uma mulher independente, porque ela era - comenta a filha, emocionada.
Quando não estava envolvida com o trabalho ou os animais, gostava de sentar e assistir a novelas. Sua favorita era Cabocla, transmitida pela Rede Globo. Fã de Zezé de Camargo e Luciano, e embalada pelas músicas da dupla, ela só desejava uma vida melhor para si e para os filhos.
Geni Dias morreu em 8 de abril de 2021, aos 83 anos, por causas naturais. A vendedora e dona de casa foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Jardim da Saudade.